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Utilizo em meu artigo o título da obra do jornalista Emilio Corbière, graças ao seu grande grau de impacto literário.
Muitos são os filmes e os teóricos da conspiração que tentam desbancar a Opus Dei, sociedade secreta internacional de cristãos católicos ultraconservadores, mas são poucos os que conseguem fundamentos concretos para tais afirmações mirabolantes. Entretanto, diferentemente das pregações alienantes da Igreja Católica, a Opus Dei é uma ordem movida pela política, pelo poder e, principalmente, pelo dinheiro – o que não chega a ser muito diferente da Santa Sé. Foi fundada em 1928 pelo padre espanhol, José Maria Escrivá de Balaguer y Albas e “santificada” em 1950 pelo pontífice Pio XII – o mesmo que foi complacente com as atrocidades cometidas pelo governo nazista durante a II Guerra. Anos mais tarde, em seu duradouro pontificado, o papa João Paulo II elevou a ordem à prelazia pessoal, sendo assim, agora ela não seria comandada por ninguém da cúpula romana e possuía o estatuto de diocese, relacionando-se apenas com o papa.
O que nós temos que ter em mente quando falamos da Opus Dei (em latim, “Obra de Deus”) é que a mesma é apenas mais um dos tantos “tentáculos” do Papado para atingir certas parcelas da sociedade – tanto em moldes econômicos quanto políticos. “A Opus Dei congregação é uma mistura de empresa religiosa e capitalista”, afirma o autor do livro “Opus Dei e o Totalitarismo Católico”, Emilio J. Corbière. Um banco. E um banco que não é abalado nem pela crise financeira mundial e nem pelos constantes ataques midiáticos. Porém, vamos nos concentrar no fundador da ordem por um momento: José Maria Escrivá. “Preocupado com o avanço das esquerdas no país, este excêntrico religioso, visto pelos amigos de batina como um fanático e doente mental, decidiu montar uma organização ultra-secreta para interferir nos rumos da Espanha”, afirma o jornalista e analista político Altamiro Borges em seu artigo “Opus Dei – Os Tentáculos da Seita no Brasil”. Conservador e direitista, Escrivá atacou as mudanças na liturgia e nos dogmas católicos provocados pelo Concílio do Vaticano II. Um concílio que aproximava, teoricamente, a Igreja do fiel. A relação “Papado-Opus Dei” sempre foi muito forte e intensa, gerando ataques e críticas de diversos setores da Igreja e da sociedade – principalmente pela rápida santificação do fundador da ordem pelo controverso João Paulo II.
Em 1936 estoura a Guerra Civil Espanhola, e mais tarde o general Francisco Franco dá um golpe de Estado com a ajuda do exército e, ideologicamente, de José Maria Escrivá – um grande aliado dos partidos fascistas e direitistas. Política seria a relação que, futuramente, Escrivá e Franco teriam. Com isso, a Opus Dei foi mantida para apoiar a ditadura de Franco, de 1952 em diante. Atualmente, existe uma óbvia influência sobre o governo do Partido Popular de ideologia conservadora e reacionária. Para o mundo, a Opus Dei é um organização santa de pessoas que almejam, dia após dia, entrar em contato com Cristo e com o seu Pai – até mesmo pela auto-flagelação. No entanto, tirando famílias laicas de adeptos conservadores, seus membros são banqueiros, políticos, empresários e executivos. Nos é sabido também que a Opus Dei está enveredada nas malhas da política externa, é detentora de universidades e empresas mundo a fora, controla diversos meios de comunicação – além de censurá-los –, e detém um poderio financeiro abismal. Fontes seguras afirmam que a “Santa Máfia”, como também é chamada, possui aproximadamente 400 bilhões de dólares em seus cofres – o que também não se difere muito do Papado, que possui quase 316 milhões, sem contar com a fortaleza de ouro e mármore que é a Basílica de São Pedro.
Bem, como eu disse anteriormente, a Opus Dei é movida pelo poder, pela política e pelo dinheiro. E na podridão dos bastidores dessa rede religiosa ultra-secreta, uns manipulam e outros são manipulados – da forma mais cruel e indigna possível.
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