
Castro refere-se ao novo leque de tensões político-militares entre os EUA e um de seus mais antigos rivais, a Coreia do Norte. E só para constar: o conflito não é novo. Durante a Guerra Fria, período que engloba a segunda metade do século XX, em que o mundo viveu sobre influência de duas grandes potências, o Leste soviético e o Oeste capitalista, o Ocidente propôs a divisão da Coreia para evitar disputas mais acirradas com a URSS: a decisão foi que uma parte ficaria sob a sua influência, já a outra para a esfera dominada pelo ditador soviético Joseph Stálin.

Vivemos sim um período de tensões políticas entre um imperialismo estadunidense desenfreado, que em nome da democracia, dos direitos humanos e de seus valores, ultrapassa o senso e a lógica, mostrando que fala muito bem a “língua das bombas”, e um país ditatorial na defensiva, cultural e socialmente diferente. O jornalista Breno Altman sintetizou o período no qual vivemos em uma bela frase: “A Coreia do Norte está longe de ser uma pantomima do absurdo. Eles sabem o que fazem. Seu regime sobrevive porque aprendeu que a única linguagem entendida por Washington é a força. Quem não entendeu isso, dançou na história”. Nos resta esperar. É como dizem: tudo neste mundo é incerto. E como é.
Fonte: Itararé News; Coluna: Escritos de História e Política. Edição 14, Ano I.
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