O que é o tempo? Se ninguém pergunta isso, eu não me pergunto, eu o sei; mas se alguém me pergunta e eu quero explicar, eu não o sei mais.
(Agostinho de Hipona)

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Novo ano, novas batalhas: o governo Ghizzi, as tramas da oposição e os anseios futuros.

    No ano que se passou não foram raras as vezes que discorri de forma crítica sobre nosso atual cenário político. Em artigos breves, alguns exageradamente prolixos, fui uma voz favorável ao governo Ghizzi e hostil às forças de oposição, vindas da Casa de Leis, de jornais sensacionalistas e outros espaços elitistas e inscientes da comunidade itarareense.
    Jamais deixei de esclarecer aos leitores os obstáculos financeiros e administrativos enfrentados pela máquina pública por Cristina e José Eduardo herdados. Uma máquina, diga-se de passagem, saqueada e corrompida durante décadas seja pela malícia de uns seja pelo remanso de outros.
    Devido às mudanças ocorridas nas estruturas de poder nos últimos meses de 2012 e no ano que se passou – a frustrante vitória nas urnas do governo Perúcio, o movimento civil contrário à reeleição levando quase 300 pessoas às ruas, o pedido e a cassação do prefeito por crimes eleitoreiros e a diplomação e vitória de Cristina Ghizzi via trâmites jurídicos – nos anais históricos de Itararé jamais foi registrado tamanho embate político.
    Neste ínterim as desrespeitosas e interesseiras forças de oposição se ergueram. Em rádios e jornais reacionários, vereadores e empresários vestiram suas peles de cordeiro acalentando uma população que, pensam eles, é o reflexo de um rebanho de alienados. Me pergunto quais deputados estariam por trás de tamanhas conspirações e quais peças irão mover neste novo ano que se inicia.
    No âmbito das forças governistas a gestão Ghizzi teve baixa logo de início. Houve críticas mordazes e pouca reflexão. Estranho que gestões anteriores, sustentadas sobre as bases da corrupção, sabendo das falhas e espertezas de seus principais articuladores, jamais os descartaram da máquina pública.
    É lamentável que “arranjos” e “concessões” tenham sido normalizadas em Itararé. E não apenas isso. Muito da cobiça e despreocupação que observamos atualmente nos mais variados setores da sociedade são permanências enraizadas em nosso município. Frações de nossas lideranças e autoridades jamais se deleitaram com o correto, o justo e o honesto. A política para estes sempre foi a arte de enganar e de usurpar aquilo que não lhes pertencia.
    Os anseios e metas para 2014 são inúmeros e o dinheiro público sendo tratado com zelo e transparência como está, avisto um futuro promissor. O governo deve permanecer resoluto e pronto para enfrentar os percalços vindouros. Por isso, chegou a hora da união a favor de Itararé. A hora de ler e criticar jornais. A hora de contra argumentar detratores e oportunistas. A hora de cobrar seriedade da nobre vereança que, como temos observado, tem transformado a tribuna em momentos de estrelato, se esquecendo do verdadeiro debate e do auxílio à população.
    Enfim, chegou a hora de impedirmos o retrocesso, revelar as tramas da oposição – que de moralmente límpida nada tem – e caminharmos juntos rumo à conscientização, ao ativismo e à participação de todos na esfera política. O governo Ghizzi tem a chance de mudar nossas vidas, e nós, cidadãos itarareenses, somos o motor desta mudança. Da Itararé que temos para a Itararé que queremos.

Itararé News - 08/01/2014

Um comentário:

  1. Parabéns Genaro, admitir a posição política é um ato de grande coragem e que não diminui o seu trabalho no meio jornalístico, pelo contrário, te torna ainda maior.

    Trata-se de uma jornada pessoal pela verdade, reconhecendo o trabalho tanto da situação quanto o da oposição ao desejar esmiuçar qualquer denúncia para garantir a idoneidade de quem você acredita e pedir por justiça ao encarar as provas a favor ou contra.

    Imparcialidade é algo inumano, por mais que tentemos, mesmo os mais profissionais confessam que é impossível se manter um mero espectador, uma testemunha calada.

    Grandes cronistas, jornalistas e escritores deste país declaravam abertamente suas posições e opiniões e nunca foram diminuídos devido a isso, era o inverso, eram admirados por sua honestidade e coragem.

    Porque mais do que acreditar em ou apoiar alguém, é preciso ser correto sendo o primeiro a mostrar o trabalho bem feito, porém como você colocou-se em defesa de alguém, também deve ser o primeiro a exigir tal trabalho.

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